WHEN DOVES CRY PATTI SMITH

Patti Smith canta música de Prince

Dig if you will the picture
Of you and I engaged in a kiss
The sweat of your body covers me
Can you my darling
Can you picture this?

Dream, if you can, a courtyard
An ocean of violets in bloom
Animals strike curious poses
They feel the heat
The heat between me and you

How can you just leave me standing
Alone in a world that’s so cold? (So cold)
Maybe I’m just too demanding
Maybe I’m just like my father, too bold
Maybe you’re just like my mother
She’s never satisfied (she’s never satisfied)
Why do we scream at each other?
This is what it sounds like
When doves cry

Touch if you will my stomach
Feel how it trembles inside
You’ve got the butterflies all tied up
Don’t make me chase you
Even doves have pride

How could you just leave me standing
Alone in a world so cold? (World so cold)
Maybe I’m just too demanding
Maybe I’m just like my father, too bold
Maybe you’re just like my mother
She’s never satisfied (she’s never satisfied)
Why do we scream at each other?
This is what it sounds like
When doves cry

How can you just leave me standing
Alone in a world that’s so cold? (A world that’s so cold)
Maybe I’m just too demanding (maybe, maybe I’m like my father)
Maybe I’m just like my father too bold (you know he’s too bold)
Maybe you’re just like my mother (maybe you’re just like my mother)
She’s never satisfied (she’s never, never satisfied)
Why do we scream at each other? (Why do we scream, why)
This is what it sounds like
When doves cry
When doves cry (doves cry, doves cry)
When doves cry (doves cry, doves cry)

Don’t cry (don’t cry)

ALAMEDAS SE TRANSFORMAM EM CAMINHOS*

Sem alarde, a majestosa árvore que cobre boa parte do jardim em frente de casa vai nos deixando. Pouco a pouco, porque a Prefeitura já carregou pelo menos quatro caminhões cheios de galhos imensos, que desabam no chão com estrondo.

Teve até manifestação em defesa da árvore por parte dos incautos que passavam pela rua e ficaram revoltados. Mas não há saída. A árvore está morta, dizem os especialistas. Melhor cortar e evitar acidentes antes das tempestades em verões futuros.

Nosso vizinho mais longevo, Antônio Moucachen, 100 anos, que comprou o apartamento 808 ainda na planta, nos anos 40 , não se lembra muito dessa árvore. Mas o dentista não criou os sete filhos aqui no prédio.

Senão o espírito delicado do dr. Antônio jamais teria esquecido a nuvem amarela na calçada aqui em frente. Afinal, a planta que agora nos diz adeus pertence à família das tipuanas, conhecidas dos paulistanos por encher os caminhos de flores, quando jovens.

Hoje em dia tipuanas são plantadas em terrenos maiores, não em calçadas. Mas as que ainda vivem nestas péssimas condições agem corajosamente como costumam fazer as plantas diante da adversidade: procuram a luz, enchem de vida, beleza e saúde o lugar onde estiverem, mesmo que à revelia dos que ali a colocaram.

Um dia, desaparecem, ou arrancadas do solo, em manifestações dantescas de seres humanos que eliminam tudo o que estiver contra seus objetivos, ou por puro cansaço, sei lá, a vida acaba, embora a gente orgulhosamente acredite que não até o fim.

*O título deste texto é uma referência a um poema do espanhol Federico Garcia Lorca…”as alamedas se vão/mas ficam os caminhos….”

Hora de dizer adeus à sombra de nossa amiga. De onde vem e onde estará a energia que se estendeu sobre nós durante 50 anos?

Mas a vida continua…

Poderemos em breve sugerir à nova síndica profissional o plantio de uma muda no local, sob autorização da Prefeitura, no lugar da tipuana. Todas as imagens de árvores floridas de pequeno porte foram tiradas do site Viva Decora, com as fontes de cada uma corretamente identificadas.

Vamos ver.