Arquivo da categoria: Rolê

Passeios a pé pela zona Oeste e Centro de SP

AMIGOS MORREM CEDO DEMAIS

A morte do ator Matthew Perry repercutiu muito entre quem cresceu e virou adulto durante os anos 90 do século passado, época em que foi apresentado o sitcom Friends . Ele interpretava Chandler, um dos amigos do título, e sua morte precoce, aos 54 anos, tem ingredientes para chocar seus pares. De resto, a notícia chocou também pela relação particular do seriado com o seu público.

Se você viver o suficiente, o que pelos meus cálculos recentes é ultrapassar os 60, terá inúmeras vezes a sensação de que algo está fora do lugar: de alguma forma, chega a notícia de que um amigo da sua juventude morreu.

De uma década para cá, dá para pensar a respeito. Nada parecido com…Friends afinal jamais teve a intenção de ensinar ninguém sobre a vida e a morte. Para seu crédito, o seriado nunca se levou a sério.

Sua importância foi registrar uma fase da chamada Geração X em fase intermediária. Morar sozinho e confraternizar com amigos antecede a formação de arranjos familiares.

Na vida real, sem roteiro definido, a morte precoce de meus pares no planeta invariavelmente esteve relacionada a cigarro, e não preciso do apoio estatístico para afirmar isso.

Lembro de uma conversa numa mesa de bar com a jornalista Inês Knaut, com quem trabalhei no final dos anos 80 na sucursal do Jornal do Brasil. “Meu câncer de tireóide nada tem a ver com cigarro. O motivo foram os sapos que engoli durante a vida”.

Seja ou não causado por sapo, o câncer não a fez abandonar o cigarro, e a doença a levou um ano depois. Tive amigo de redação que trabalhava com copos de leite e cinzeiro, lado a lado. Morreu sem estômago. Foi cirurgia de moda. Transformavam o esôfago num estômago estepe. Meu colega de ECA, Cao, fumante inveterado, viveu por mais de um ano dessa forma, numa cama de hospital. Também se foi antes dos 60.

Perry pertenceu a outra geração. Em sua autobiografia, deixou registrada sua dependência de Fentanyl, Oxicodon e todas as parafernálias que acompanham o vício em qualquer muleta. O rapaz teve o cólon explodido num desses episódios. Não vi comentários a respeito de sua vida pela metade, sem família nem nada, na casa cenário em Los Angeles. Apenas adeuzinhos compungidos.

Enquanto isso, os jovens adultos continuam morrendo em praça pública, sem campanhas públicas para erradicar o malefício da vez. Vício, médicos irresponsáveis, depressão ou sapos engolidos à parte, tudo continua igual no século 21.

SEGREDOS DO BARRO NO CHÃO

Sei lá o motivo, mas dei para lembrar da visita do Papa Francisco ao Brasil. Faz dez anos, em julho de 2013.

Sua Santidade esteve na laje da comunidade de Varginha, parte do conjunto de favelas de Manguinhos, subúrbio do Rio de Janeiro.

Lá de cima, falou: “Eu queria entrar na casa de cada um de vocês, pra tomar um cafezinho…mas não me ofereçam pinga!”, brincou.

Essa era uma piada clássica do meu pai, quando vivo. De onde vem a sabedoria de falar ao coração das pessoas, com a linguagem afetiva típica da cada lugar?

Há poetas que decretam: “Vem debaixo do barro do chão”.

DÊ AO MOUSSE EFEITO SOUFLAIR

Deu vontade de comer. Esta mousse tem uma textura particularmente aerada, é feita com chocolate amargo. Por isso, não é muito doce, embora a textura prometida compense. A receita foi copiada do jornal The New York Times.

Rendimento: 8 a 10 porções

INGREDIENTES

• ½ xícara/120 gramas de creme de leite, e mais se necessário e para servir, se desejar

• 340 gramas de chocolate amargo, grosseiramente quebrado ou picado (ver Dica)

• 8 claras de ovos grandes (265 gramas/1 xícara)

• ¼ xícara/50 gramas de açúcar granulado

• 4 gemas grandes (56 gramas)

• 1 colher de chá de extrato de baunilha puro

PREPARO

Antes de tudo, vai a dica: use chocolate próprio para comer ou fazer confeitos, não chocolate em pó de supermercado, que tem uma proporção maior de sólidos de cacau e resulta em uma mousse densa e possivelmente arenosa. Chocolate com 70% a 74% de cacau é o ideal, mas escolha o seu favorito.

  1. Leve um pouco de água para ferver em uma panela média. Combine o creme e o chocolate em uma tigela grande resistente ao calor. Quando a água ferver, abaixe o fogo para que a água esteja quase fervendo ou apenas fumegando. Coloque a tigela sobre a panela e derreta o chocolate, mexendo delicadamente com um batedor de arame de vez em quando.
  2. Enquanto o chocolate derrete, bata as claras em uma tigela limpa usando uma batedeira em velocidade média. Quando as claras estiverem espumosas, adicione o açúcar em um fluxo lento enquanto bate. Continue batendo até formar picos firmes. As claras devem parecer brilhantes, mas não secas e, quando você levantar o batedor da mistura, um pico deve se formar na tigela e segurar.
  3. Assim que o chocolate derreter completamente, desligue o fogo, mas deixe a tigela sobre a panela. Segurando a tigela com um pano de prato, adicione as gemas uma a uma, batendo a cada adição. Se a mistura parecer quebrada, retire a tigela da panela, deixe esfriar por um minuto e adicione 1 colher de sopa de creme de leite e bata apenas até ficar brilhante e homogêneo. Bata a baunilha. (Não se preocupe se ainda não parecer completamente liso. Ele se juntará na próxima etapa.
  4. Adicione um quarto das claras batidas à mistura de chocolate e mexa delicadamente com uma espátula de borracha flexível até incorporar, mas deixe ainda um pouco entremeado. Isso facilitará a incorporação das claras restantes para criar uma mousse aerada, diminuindo gradualmente a temperatura do chocolate e soltando a mistura.

5.Adicione o restante das claras e dobre-as passando a espátula como se fosse o ponteiro de um relógio, das 12 horas até as 6 horas, depois pegando o chocolate no fundo e dobrando-o suavemente sobre as claras, como se a espátula fosse o ponteiro do relógio às 9 h. Gire a tigela 90 graus e repita. Continue nesse movimento até que a última faixa branca desapareça. Tudo bem se sobrarem alguns pedaços de brancos. É melhor não esvaziar a massa remexendo demais.

6.Coloque em uma tigela bonita ou em xícaras ou tigelas individuais para servir, se desejar. Caso contrário, guarde-o na tigela da batedeira. Leve à geladeira a mousse descoberta até esfriar, cubra e leve à geladeira por pelo menos mais 4 horas e de preferência 24h. A mousse coberta pode ser refrigerada por até 5 dias.

7.Se quiser servir a mousse com chantilly, bata o creme de leite até formar picos moles. Uma ou duas xícaras de creme de leite são suficientes para essa quantidade de mousse. Sirva a mousse fria, direto da geladeira, com o chantilly.

MONARCAS HERDARÃO A TERRA?

New York Times publicou há pouco mais de uma semana (junho, 2023) uma notícia prosaica que eu notei e vou contar o motivo: desde a pandemia me impressionam os textos sobre extinção de espécies, aquecimento global e outros indícios de que a vida no planeta vai mal.

Enfim, pesquisadores descobriram detalhes que fazem a diferença entre as borboletas-monarca, que embarcam em uma das maiores jornadas da natureza. Esses insetos voam mais de 2.000 milhas de suas casas de verão no Canadá até as montanhas do centro do México. Apenas cerca de 30% sobrevivem à viagem. Entre as que sobrevivem, há uma característica compartilhada nas borboletas aptas: as bordas de suas asas tendem a ser ligeiramente mais irregulares.

Enfim. A competência da vida em garantir continuidade desafia todos os esforços dos humanoides trogloditas em destruir seus opositores, reais ou imaginários. Não precisa nem ser vida. Veja o Covid, uma membrana de ácido nucleico dá cabo de parcelas da humanidade.

Por esta e por outras, eu adoro o NYT. Saibam que é um dos poucos jornais do planeta que vai bem financeiramente. Parei de pensar nos motivos faz tempo.

O que eu sei como leitora atualmente único veículo que me traz delicadezas desse tipo sobre a vida. Sei lá se é insano, mas a cada ano se repetem notícias horrendas sobre aquecimento global etc.

Tenho uma suspeita: talvez sejamos um capítulo na história da vida na Terra, e estamos no fim do livro. Presunção pensar que o nosso ocaso seja o fim da vida. Tomara que as flores, árvores e borboletas maratonistas sobrevivam aos homens tal como são.

Há dez anos, eu tive um surto psicótico. Num dos meus delírios, a ideia de não encontrar vida em outros planetas era um desvio da nossa percepção na Terra. Vivíamos em uma espécie de desterro, até um dia atingirmos a capacidade de enxergar a vida. Então o céu acenderia.

Caramba. Sei lá.

Abaixo vai um texto que escrevi durante a pandemia. Trocando o incêndio europeu pelo Canadá, e as previsões mais recentes sobre a muralha de água que especialistas prevêem na Califórnia (EUA), nada mudou.

O assunto dessa semana deveria ser a onda de calor no verão europeu, e os incêndios que devastam áreas da França, Espanha e Portugal. Incrível a capacidade de adaptação humana ao terror: basta assistir a cara surpresa e meio risonha dos entrevistados à beira do rio Tejo, em Portugal, comentando o “calor atípico”.

Cem milhões de americanos do Arizona a Boston estão sob alertas de emergência de calor, e a seca no oeste está se aproximando das proporções do efeito Dust Bowl (taça de pó), enormes tempestades de areia que se estenderam na década de 30 do século passados nas planícies centrais dos EUA. Eram chamadas de “vento negro” e se estenderam por dez anos, resultado de manejo errado do solo.

Por outro lado, reservatórios da costa oeste norte-americana estão secando rapidamente. Também a China no verão registrou temperaturas próximas a 50 graus Celsius. Da mesma forma, o Reino Unido declarou uma emergência nacional quando as temperaturas subiram acima de 40 graus Celsius e partes da Europa estão em chamas.

Enquanto isso, no Congresso norte-americano esta semana, os republicanos alertaram contra ações precipitadas em resposta ao planeta em chamas. Evitam prejudicar a produção local de petróleo. Mas foi um senador democrata, Joe Manchin III, da Virgínia Ocidental, que bloqueou na semana passada o que seria uma ação decisiva para enfrentar o aquecimento planetário. Precipitação?

Sabe o quê? Dane-se.

Já viu -coisa mais linda- a borboleta acima? Pois é, entrou na lista de animais ameaçados de extinção. Motivo: destruição de habitat e fim das correntes migratórias.

Essa bichinha marrom parece uma borboletinha brasileira, mas não. Trata-se da borboleta monarca da América do Norte, cuja aparência vistosa e migração extraordinária a tornaram um dos insetos mais queridos do continente (vivem também no México), foi classificada como ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza, a autoridade científica mais abrangente do mundo sobre o status das espécies.

A decisão vem depois de décadas de queda nas populações devido a perdas nas plantas de que precisam como lagartas e nas florestas onde os adultos passam o inverno, combinadas com as mudanças climáticas, segundo a avaliação. Os autores revisaram cerca de cem estudos, entrevistaram especialistas e aplicaram critérios da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas do grupo para chegar a uma decisão.

As monarcas nascem nos EUA e migram para o Sul, para o santuário da Reserva da Biosfera Mariposa Monarca no Estado mexicano de Michoacán. Essas borboletas se reúnem em colônias agrupando-se em pinheiros e árvores coníferas.

Pungente pensar que a morte está tão próxima de animais tão frágeis. Borboletas vivem 24 horas. Um dia apenas. Pode parecer pouco, mas é o suficiente! Elas experimentam flores com seus pés, se alimentam, copulam, procriam e morrem pacificamente. Em apenas 24h, esse inseto sai de seu casulo, vive intensamente e morre de causas naturais.

Quando uma borboleta aparece, tudo em volta se transforma. As crianças percebem. Ver uma borboleta em casa ou na natureza pode ser um sinal de transformação, uma vez que essa pequena criatura é um dos seres que melhor representa o ato de se renovar. Por essa razão, o privilégio de observar um animal do tipo é a oportunidade de refletir sobre a mensagem espiritual acerca da transformação.

É tanta delicadeza, que borboletas são tratadas como mensageiros espirituais Os anjos comunicam-se frequentemente conosco através das borboletas. Quando uma borboleta aparece em seu meio, pode ser o seu anjo da guarda ou espírito guia enviando-lhe um sinal. É difícil ignorar a presença de uma borboleta, então, considere isso como um comunicado importante.

No jardim do prédio as borboletas desapareceram. Vêm em busca de flores, que já foram embora há um ano. Prenúncio de dias piores. Em todos os quintais.

POESIA NO SUCESSO DE KATE EM ‘VAI NA FÉ’

Continuo advogando minha tese . É melhor nascer no meio de um século e assistir como adulta o limiar de um novo período de cem anos. Por exemplo: se eu tivesse nascido no início do século 20, teria existido entre guerras e morreria durante crises econômicas, sem esperança num mundo melhor.

No entanto, nasci nos anos 60 do século 20. Desse modo, posso ainda experimentar a revolução tecnológica em curso no século 21. De quebra, há sinais de melhora. Um deles: hoje os meios de comunicação se esforçam para se igualar à realidade, pelo menos na aparência das imagens. De forma que vemos todo dia nas telas pessoas iguais às que vivem ao nosso lado há séculos, nos ônibus, na rua, enfim, por aí.

Agradeço ao destino por ter visto na TV graças a isto uma atriz negra que me traz alegria diariamente, Clara Moneke, 24, a Kate da novela Vai na Fé (Globo), anunciando no Domingão do Huck o blog de sua avó poetisa, Maria de Lourdes Pereira Mariano, 86, que mora em Seropédica, Rio de Janeiro.

Assim, não fosse o livro impresso, as telas, o gadget, o aplicativo e principalmente, a competência humana em defender a vida e o amor, e eu jamais nesta vida teria cruzado com a poesia de Dona Lourdes. Qual a importância disso? Não sabe, bidu?

Pode ser que seja ilusão. Telas existem que me contam que os homens se preparam para a guerra, que o aquecimento global enfim é irreversível, que estamos sós ou pior, cercados de potenciais inimigos interplanetários. Como disse Carl Sagan, o rei do discurso competente da ciência: melhor sós.

Melhor… mesmo é a poesia de dona Lourdes, lá de Seropédica:

“Lençóis de água se aproximam/ traz junto a esperança final/ estar ao seu lado faz parte/ de um sonho quase real.”

FLANAR COMO UM DRONE SEM RUMO

Frequento semanalmente aulas de conversação online em francês. Há dias, uma aluna contou no grupo sobre sua viagem recente a Paris e disse ter passeado muito pelas ruas. Em francês usou o verbo pronominal “se promener”.

Existe outro verbo em francês que define o passeio errante pelos espaços urbanos: “flâneur”, expressão já usada nos séculos 16 e 17, mas que apenas no século 19 ganhou destaque especial e menção no Grand Dictionnaire Universal du XIX Siècle.

Desde a urbanização de Paris, em 1860, o termo flâneur passou a referir-se a uma figura típica da vida urbana daquela cidade, os dois definidos pelos estudos de Walter Benjamin (1892-1940) sobre o poeta Charles Baudelaire (1821-1867) e também em relação à capital francesa.

Tudo isso para dizer que eu sempre adorei saber que o ato de vadiar pela cidade, olhar em volta, tocar e perceber tudo era expressão célebre estudada por cientistas e que tinha algum valor aquele enorme prazer que sentia ao fazer isso, quando eu sai do bairro de Tucuruvi e ganhei a cidade de São Paulo, meio século atrás.

Atualmente, já faz mais de sete anos que deixei de andar na rua, por impossibilidade física. De cadeira de rodas, é um inferno. Deixa pra lá.

Mas tenho lá minhas pequenas vinganças. Primeiro: Benjamin fazia excepcionais relações entre história e sua percepção através de imagens, o impacto da tecnologia no desenvolvimento das narrativas etc.

Mas também subscreveu um abaixo-assinado contra a manutenção da Torre Eiffel! Explico: a torre de treliça de ferro forjado no Champ de Mars foi provisoriamente construída de 1887 a 1889 como a peça central da Exposição Universal de 1899 e ali mantida desde então, apesar de protestos de parte dos habitantes para sua retirada.

Pois é. Benjamin era contra…a Torre Eiffel.!!!

Caramba!

Qual a lição que eu tiro disso? (E olha que Benjamin era um teórico genial, a anos-luz de mim…)

Preciso é manter minha boca fechada!

  • A cena em que os herdeiros acompanham a morte do patriarca Logan ao celular é uma reviravolta estonteante em Sucession, série da HBO?
  • O médico Fred Nicácio é o participante do BBB mais ofensivo aos bons costumes sociais das salas de estar do Brasil em 23 edições do programa? A emissora é responsável por isso e reluta em registrar arrependimento por essa desfeita aos espectadores?
  • A primeira-dama Janja tem altos índices de aprovação popular e o presidente Lula só tem a ganhar com sua presença em gabinete no Palácio da Planalto, em Brasília?

Meus lábios estão selados …

com Nutella.

Vai que, de repente…

  • Sucession revele-se como o maior fenômeno em minisséries da TV norte-americana desde o advento de Família Soprano, nos anos 1990…
  • Seja revelada uma represália internacional baseada em hackers especializados na distorção de votações populares, como as recentes descobertas em paradas de sucesso online, e Fred Nicácio volte ao BBB pela quarta vez consecutiva;
  • Lula, em quem eu votei na eleição passada de coração aberto, transforme-se no grande líder responsável pela erradicação definitiva da fome no Brasil e Janja, em consequência, torne-se uma Evita.

Pois é. Benjamin teve um delírio e, aos moldes da música de Jorge Ben, cuidou que a Torre Eiffel era que nem uma escada para “tirar daí…”Só que não.

Eu estou arquivada, é verdade. Já meus olhos estão bem abertos.

Terceirizei meu instinto flâneur com minha amiga Ana Carmen Foschini. Jornalista, ela me manda de suas andanças pela aí as imagens mais lindas. Hoje eu vou de muros e um entardecer.

CHUVA DE METEOROS NO CÉU DE ABRIL

Quem acordou de madrugada hoje para acompanhar as procissões de Sexta-Feira Santa viu os últimos vislumbres da Lua Cheia da Páscoa (06/04) tinta de rosa para uns, ou da lembrança do sangue de Jesus, para outros.

No céu, a Lua muda periodicamente sua face iluminada voltada para a Terra, o que nos atrai e cativa ainda mais em observá-la e conhecê-la cada vez mais. Vamos lá!

11 de abril – Nesta terça-feira, o planeta Vênus deve encontrar o aglomerado de estrelas Plêiades. Será possível enxergar a beleza de Vênus a olho nu, mas quem estiver usando um binóculo também conseguirá ver a constelação de Touro à direita do planeta.

O planeta Vênus está se tornando mais fácil de ser localizado à medida que aproximamo-nos do meio do ano. Procure-o na direção oeste, logo após o pôr-do-Sol. Não o confunda com Marte, de cor avermelhada, que estará visível logo no começo da noite, à meia-altura, entre o oeste e o noroeste

20 de abril – vai acontecer o tipo mais raro de eclipse solar, chamado de “eclipse híbrido”. Mas não vai ser visto do Brasil, só por quem estiver na Ásia ou Oceania. É aquele tipo de eclipse em que a Lua fica na frente do Sol completamente. Os (muito) antigos achavam que o mundo ia acabar, porque o Sol desaparecia.

Mas fique atento. Para os brasileiros, haverá chances de apreciar um evento parecido no dia 14 de outubro, quando ocorre um eclipse solar do tipo, conhecido como anular. 

22 de abril -Durante a noite de sábado e no dia seguinte, um domingo 23, saia das cidades com alta poluição luminosa e poderá assistir a chuva de meteoros Líridas, com aproximadamente 15 ou 20 meteoros por hora. Para presenciar o espetáculo, é importante observar a direção Norte entre 23h e 2h, que é quando o pico deve ser visível. O céu deve estar aberto. O clima tem que colaborar.

Todas as chuvas de meteoros são visíveis a olho nu de qualquer parte do país. Em maio, dia 6, há promessa de outra chuva de meteoros. Reserve com antecedência um passeio para a escuridão , pois dia 6 será um sábado.

Tenho outra história pra contar Vejam aqui.

PRÉDIO VAZIO EM CHERNOBYL É CÓPIA DE CASA

Eram imagens de cães abandonados na cidade ucraniana de Pripyat, evacuada após ter ocorrido perto dali, na usina de Chernobyl, o maior acidente nuclear da história, em abril de 1986.

Olhei ao fundo, atrás do cão, e vi um edifício idêntico ao São Vicente. Até as telhas brancas que servem como divisórias entre um andar e outro, os tijolos aparentes, o vão livre no térreo. Só que em ruínas, como um sonho ruim. Ou como aquelas falas de Metaverso: múltiplas versões do real.

Fui atrás de algum sinal indicativo de que o arquiteto polonês Lucjan Korngold (1897-1963) tenha passado por lá, mas não. Só há registro de seu trabalho até sair da Polônia, fugindo do nazismo em dezembro de 1939, com uma breve passagem em Roma, antes de embarcar para o Brasil.

Quem projetou o edifício idêntico terá visto o São Vicente em fotos ou pessoalmente? Conhecia Korngold? Talvez o prédio seja parte do sonho socialista de construir o paraíso e tenha acabado em ruínas, como acontece hoje em toda a Ucrânia.

RESPONDA JÁ: O QUE É ESTAR DESPERTO?

O mês de março trouxe uma polêmica por um lado estranha e, por outro, esclarecedora ao público norte-americano, bombardeado ininterruptamente por informações contraditórias de um lado a outro da cadeia de notícias.

Tudo começou com uma entrevista ao vivo numa emissora de TV. Lá estava a escritora conservadora Bethany Mandel (na foto, de lenço na cabeça com marido e filhos), durante um momento que pode acontecer com qualquer pessoa que ganha a vida falando em público: ao promover um novo livro criticando o progressismo, ela foi solicitada a definir o termo “acordado” (woken, em inglês) por um entrevistador – uma pergunta razoável , mas que fez seu cérebro congelar e suas palavras tropeçarem.  Até aí, nada demais.

Acontece que o clipe viralizou (veja aqui), o que, por sua vez, rendeu uma enxurrada de argumentos sobre a própria palavra: ela pode ser definida de forma útil? É apenas um pejorativo de direita? Existe algum rótulo universalmente aceito para o que está tentando descrever?

E vieram editoriais redigidos a respeito, todos gaguejando como Bethany, tentando definir a palavra, tanto à direita quanto à esquerda, sem resultado. Existe expressões no protestantismo relacionadas ao chamado “grande despertar” – daí a confusão.

Vale uma explicação. Bethany Mandel escreve no site Deseret News sobre maternidade e vida em família. Ela é mãe de seis crianças que estudam em casa. Mandel é ainda co-autora do livro “Stolen Youth” e editora da série juvenil “Heroes of Liberty”.

Estado de Deseret não existe formalmente. Surgiu como um Estado provisório dentro de Utah, e é uma área proposta por colonos da religião mórmon perto da capital de Utah, Salt Lake City.  O Estado existiu por cerca de dois anos, apesar de jamais ter sido oficialmente aceito pelo governo norte-americano.

Os mórmons são conhecidos como membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias . Nos EUA, calcula-se que existam 200 mil membros.

Editoriais à parte, dói pensar que é difícil definir e que é estar desperto num país onde 100 mil pessoas morreram ano passado por overdose de medicamentos, aumento de quase 30% em 48 dos 50 Estados norte-americanos.

Estar desperto, mané, é poder andar limpo pela rua, livre de bengalas ou aditivos adquiridos ou entregues em farmácia, boteco, esquina de qualquer espécie. WOKEN.

A propósito: conheçam a nova home do blog TIJOLINHO.

Tour virtual por capitais do mundo

Você já pensou em passear de carro pelas principais cidades do planeta ouvindo emissoras de rádio locais? Pois é isso que oferece a plataforma Drive & Listen, projeto criado em Munique (Alemanha), pelo engenheiro e projetista Erkam.

Na tela, você está no lugar do motorista, ao volante. Do lado de fora, escolhe a capital do planeta onde circular. De quebra, pode escolher ouvir tanto ruídos da cidade como trilhas de emissoras de rádio locais, de Oslo (capital da Noruega) a Bombaim (maior centro urbano da Índia). Segundo o criador do aplicativo, hoje são mais de 51 milhões de unique visitors que curtem o passeio virtual. Experimente aqui!